ISÓCRATES DE OLIVEIRA
Isócrates de Oliveira,
(Pirenópolis 9.8.1922 – 11.6.1999) foi filósofo, teólogo, escritor,
diplomata. Foi Membro da Academia Goiana de Letras (AGL), ocupante da
Cadeira nº 8, Patrono: Alceu Victor Rodrigues, bem como da Academia
Pirenopolina de Letras, Artes de Música (APLAM), ocupante da Cadeira nº
13, Patrono: Antônio José de Sá.
Filho do comerciante e fotógrafo João Basílio de Oliveira e da dona de casa Maria Conceição de Sá Oliveira.
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O pai de Isócrates morou no casarão que hoje é a sede local da Celg |
Filho do comerciante e fotógrafo João Basílio de Oliveira e da dona de casa Maria Conceição de Sá Oliveira.
Iniciou
seus estudos com professor particular e concluiu o primário no Grupo
Escolar Comendador Joaquim Alves, em Pirenópolis. Entre os anos de 1936 a
1941, seguiu para Silvânia e cursou o Seminário Menor, no Seminário
Santa Cruz, em seguida, transferiu-se para a cidade mineira de Mariana
para conclusão do curso. Nos anos de 1942 a 1944 completou o curso de
Filosofia, no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, São
Paulo. Em 1948 fez Teologia no Seminário Maior de Mariana, que concluiu
no Seminário Central de Ipiranga, onde ordenou-se padre. Em 21.12.1948
recebeu de D. Emanuel Gomes de Oliveira, Arcebispo Metropolitano de
Goiás, a Ordem de Presbítero do Hábito de S. Pedro.
Em 1971 fez pós-graduação em Filosofia, pela William Rice University, em Houston, Texas, Estados Unidos.
Permaneceu
padre durante sete anos. Em 1955, fez concurso no Instituto Rio Branco,
no Rio de Janeiro, abraçando a carreira diplomática. Exerceu cargos
diplomáticos nas Embaixadas do Brasil em Atenas (Grécia), Praga (antiga
Tchecoslováquia), Argel (Argélia), Santiago (Chile), São domingos
(República Dominicana), Banglok (Tailândia) e Islamabad (Paquistão). Foi
Cônsul do Brasil em Houston (Texas), Chicago (Illinois) e Miami
(Florida), nos Estados Unidos, e em Trieste e Veneza, na Itália, onde se
aposentou, em 1982, no cargo de Conselheiro.
Retornou
então para Goiânia e, a partir de 1985, tornou-se professor no
Departamento de Letras e Filosofia e Teologia na Universidade Católica
de Goiás (atual PUCGO). Era um filósofo de pensamento ativo, que gostava
de meditar nos grandes temas e humanidade e contestar conceitos. Também
se preocupava com o bem-estar, o que fica bem claro em sua obra
filosófica "Evestética", onde conclui que emoções são forças endógenas,
as únicas que atuam de dentro para fora. E através das expressões
corporais e faciais, Isócrates desenvolveu uma fórmula de extravasar as
emoções. Suas experiências como seminarista estão retratadas nos
primeiros livros que escreveu, um escândalo na época das publicações.
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Casarão onde morou e morreu Isócrates de Oliveira |
Foi Membro
da Academia Goiana de Letras (AGL), ocupante da Cadeira nº 8, Patrono:
Alceu Victor Rodrigue, bem como da Academia Pirenopolina de Letras,
Artes de Música (APLAM), como um dos fundadores, ocupante da Cadeira nº
13, Patrono: Antônio José de Sá.
Nos
últimos anos de vida, voltou a morar em Pirenópolis, sua terra natal. Eu
o via caminhar todas as tardes até a esquina de Sebastião Brandão, mãos
para trás, bengalas agitadas ao ritmo de alguma música imaginária.
Sistemático, não era de muita conversa, apreciava a solidão. Visitas em
sua casa, apenas se agendadas com antecedência e sem atraso.
Foi um dos
homenageados na IV Feira Literária de Pirenópolis (Flipiri). A
Biblioteca Municipal de Pirenópolis leva o nome de Isócrates de
Oliveira.
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Isócrates já idoso |
Publicou:
Drama de um padre (1954); Introduction du sens cosmique en philosophie
(Paris, 1962); A hora do Anticristo (1965); Dom Silogildo e outros
contos (1968); Frederico e o mundo real (1983); Evestética – o
rejuvenescimento pelo exercício das emoções, vol. I (1993) vol. II
(1994).
Fonte:
Site da Academia Goiana de Letras
Site da Festa Literária de Pirenópolis
Folheto da IV Flipiri
JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas (Ensaios Genealógicos). Goiânia, Editora Rio Bonito, 1973. Vol. II, p. 267.
JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas (Ensaios Genealógicos). Goiânia, Editora Rio Bonito, 1973. Vol. II, p. 267.
Adriano Curado
Texto originalmente publicado no blog Cidade de Pirenópolis.