Pérsio Ribeiro Forzani

Fotografia de Pérsio na atualidade,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani

PÉRSIO RIBEIRO FORZANI
Membro da Academia Pirenopolina de Letras,
Artes e Música (Aplam)
Ocupante da Cadeira nº 07
Patrono Inácio Pereira Leal


Fotografia de pintura de Pérsio de 1997,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani

Pérsio Ribeiro Forzani (Pirenópolis, 8.2.1931) começou a pintar com carvão no adobe dos muros aos oito anos de idade e, apesar da deficiência física, aprimorou-se nos estudos para aventurar-se na tinta a óleo e pincel. Deu certo. Atualmente, suas milhares de telas se espalham pelo mundo todo.


Fotografia da primeira pintura de óleo sobre tela de Pérsio,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani

O tema de suas pinturas é sempre a cidade de Pirenópolis, que retrata em traços que são característicos de sua arte. Você pode nunca ter visto uma determinada tela de Pérsio, mas se a encontrar em alguma parede, é capaz de afirmar com certeza a autoria.


Reprodução da capa da Revista Meya Ponte nº 10, da Aplam

Seu tema é sempre a amada Pirenópolis, na atualidade ou quando se chamava Meia Ponte. Reproduzindo fotografias e descrições da cidade de antigamente, seu trabalho é, além de arte, instrução que nos mostra a história goiana.


Fotografia de pintura de Pérsio de 2005,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani


Ele é uma criatura dócil, que recebe qualquer pessoa em sua casa e não faz distinção entre ricos e pobres, mendigos ou embaixadores. Sim, todos frequentam a casa humilde de Pérsio. Lá dentro, quase nenhum móvel se vê. Na sala, uma mesa simples com tamboretes. No quarto de pintura, o cavalete e alguns bancos. No quarto de dormir, cama velha mas bem cuidada, um guarda-roupas e uma cômoda com um oratório que tem o interior pintado por ele.


Reprodução da capa da Revista Meya Ponte nº 06, da Aplam

A pintura de Pérsio foi homenageada numa exposição realizada no casarão histórico que é a sede da Celg em Pirenópolis, bem em frente à Matriz, no dia 25.11.2005. Foi uma noite memorável, com direito a sarau, discursos emocionados e, principalmente, com a presença de muitos jovens interessados em conhecer esse ilustre pirenopolino. Pela grandeza desse evento, será tema de um artigo em separado.


Fotografia de pintura de Pérsio de 2008,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani

Uma outra grande homenagem para Pérsio foi feita no Teatro de Pirenópolis, dia 4.6.2010, num sarau abrilhantado por músicos e poetas pirenopolinos ou ligados à velha cidade. A ideia foi da Secretaria de Cultura de Pirenópolis, na pessoa do secretário Gedson, com apoio de José Nominato Veiga (Zezé de Catirina), zelador do prédio do teatro e, obviamente, do prefeito Nivaldo Melo.



Fotografia de pintura de Pérsio,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani

No grande sarau, foi destaque a linda poesia que Luiz de Aquino compôs para o homenageado e que peço vênia para transcrever:

“Pérsio Forzani (o homem que pinta poesia)

Espalho-me ao tempo
ao sol que define os dias,
à Lua que benze as noites.

Nos anos mais verdes,
colhi serenatas plantadas nas ruas
de pedras, sem régua ou compasso.

Ouvi versos cantantes
e acordes dolentes; vi moças bonitas
nas janelas, silentes...

Era um tempo de estrelas
e risos sem censura. A gente vivia
vertigens, e era feliz.

Sol, luar, orvalho!
No verde, mais luz; mais vida
sob os astros.

Meus olhos desenham os morros,
perfis sob azul infinito, moldados
aos traços das línguas dos rios.

A ponte, o amor clandestino.
Carmo, Bonfim, Matriz do Rosário,
Lembranças de eu-menino...

Meus olhos colheram paisagens,
Memória transforma em saudade,
Pincel faz arte e riqueza.

Terra e gente meia-pontense:
Hino e presépio, história em imagem:
Obras de Pérsio, jóias da terra.”



Reprodução da capa da Revista Meya Ponte nº 07, da Aplam

Foi Pérsio Forzani quem criou e pintou o simbolo da Aplam.


Síbolo da Aplam