Tempo para resgastes


Outro dia, em conversa com minha amiga Ana Sélmia, filha do saudoso Bidoro (Sebastião Pereira), ela me alertou para algo que não tinha pensado. Fez-me notar que os antigos acabaram. E de fato não há mais pessoas de idade que se destacaram em nossa sociedade meiapontense. Todos se foram. Em contrapartida, agora restou nossa geração. Isso quer dizer que, deste momento em diante, é nossa a responsabilidade de zelar por tudo aquilo que nos legaram os que nos precederam.

Tal conclusão me veio com uma indagação preocupante: será que estou fazendo a minha parte na história? E a resposta só pode ser uma: não. É óbvio que estou em débito com Pirenópolis, a cidade onde cresci e recebi os fundamentos que sustentam a pessoa que hoje sou. Senti-me como se a houvesse abandonado, qual filho ingrato que recebe a herança dos pais e se vai mundo afora para gastá-la.

Mas ainda há tempo para resgates. Eu vou voltar...

Adriano Curado

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