Poesia de ontem para sempre

 Meu velho amigo Ademir Hamu presenteia-me duplamente com seu novo livro: Leninha - Poesia, Samba e Rock. Ele, que é um misto de médico e professor, de poeta e homem feliz, batizou-se em letras e livros com Travessia de Gente Grande, nos primórdio dos anos  80 – a última década do mundo mágico da MPB.

Depois, vieram seus filhos, Bebel e Lucas, e outros livros, até uma série já inaugurada de biografias de vila-boenses notáveis – importante contribuição para a o historiografia de Goiás, mormente para a antiga capital. Em meio a isso, outros volumes de poesia da lavra do incansável goiano nascido em Paracatu, Minas Gerais.

Ora: goianos somos, quase todos, filhos de baianos, maranhenses e outros nordestinos; mas principalmente de mineiros e, em menor incidência, de adventícios de outras regiões. Bom mineiro, melhor goiano – assim é o meu amigo Ademir, o poeta dermatologista. Tornou-se tão goiano que, claro, ele é hoje minoria absoluta em sua família de goianos nativos.
Nessa trajetória livresca, deu-me carona em algumas de suas obras, do que me orgulho. Mas neste Leninha - Poesia, Samba e Rock ele me fez presente: o livro festeja sua neta primeira, a Leninha (filha de Bebel e Hugo). Trata-se de um belíssimo álbum de fotografias, cuja montagem visual (diagramação e capa) traz as ricas assinaturas do casal Luciana Fernandes e Alessandro Carrijo (a quem devo a riqueza visual do meu As Uvas, Teus Mamilos Tenros, com desenhos de Pollyanna Duarte).

Ademir ilustrou as fotos de Leninha com versos universais de poemas e canções, misturando versos de expoentes brasileiros (de Manuel Bandeira e Vinícius de Morais até Cazuza e os modernos sertanejos) com notáveis estrangeiros: Steve Wonder, Ray Charles, Bob Marley, Maiakovski... Não dá para citar todos, mas a surpresa que me coube foi a de figurar em duas ocasiões do livro! A coincidência se dá por receber este mimo justo quando eu conferia, na Editora Kelps, o resultado final do meu livro Poesia Completa, que lançarei no dia 11, quinta-feira, na sede da empresa EBM, na Alameda Ricardo Paranhos. Recordei-me que foi lá Kelps, há 30 anos, que publiquei meu terceiro livro (De Mãos Dadas com a Lua; o segundo de poemas). Era o segundo feito pela pequena Gráfica Pirâmide (primeiro nome da Kelps): antes, só o já citado Travessia de Gente Grande, de Ademir Hamu).

Enfim e em síntese: este meu novo livro é o conjunto de 11 volumes anteriores – que, se publicados título a título, seriam 14 volumes de poesia, pois naquele a que chamei Sarau juntei três livros, e dois outros constituíram o mais recente, De Amor e Ontem.

Esta crônica é, pois, um duplo convite: busquem conhecer Leninha - Poesia, Samba e Rock e venham ao lançamento do meu Poesia Completa. O mundo é muito mais bonito com poesia!


Texto do Acadêmico Luiz de Aquino publicado originalmente em:

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