José Joaquim da Veiga
Valle (Pirenópolis 09.09.1806 – Cidade de Goiás 24.01.1874) foi
um escultor e dourador.
No então arraial de Meia
Ponte, Veiga Valle teve contato com os grandes artistas da terra e
aos poucos construiu a base de sua formação. Em nossa terra exerceu
vários cargos públicos como vereador, juiz municipal e major da
Guarda Nacional.
Em busca de oportunidades
de trabalho, mudou-se para a então capital da província, a Cidade
de Goiás em 1841, mesmo ano em que se casou com Joaquina Porfiria
Jardim, a filha do presidente.
Trabalhou na douração
dos altares da Matriz, e na escultura de imagens sacras para várias
igrejas e irmandades. Entre seus filhos, pelo menos um foi também
escultor, Henrique da Veiga Vale, que trabalhou na cidade de Goiás e
posteriormente em Cuiabá.
Sua obra começou a ser
estudada e catalogada a partir da década de 1940.
Veiga Valle esculpia
imagens em cedro, que ele considerava uma espécie preferida de
madeira para a escultura. Pela época em que viveu, seria de se supor
que suas esculturas apresentassem estilo neoclássico, o que não
aconteceu provavelmente pelo isolamento da província de Goiás
naquela época, o que fez com que o barroco perdurasse por bastante
tempo.
Parte de sua obra está
hoje no Museu da Boa Morte. Na sua trajetória de santeiro, o artista
produziu uma variedade imensa dos mais diversos santos, que na época
se expressava conforma a devoção de cada pessoa que encomendava.
Destacam-se as Madonas,
representadas por Nossa Senhora da Conceição, d´Abadia, dos
Remédios, das Dores, da Penha, do Bom Parto, das Mercês, da Guia,
do Carmo, do Rosário e da Natividade. No tocante aos santos, o maior
número de motivos são os Meninos Jesus, pela propagação das
festas natalinas, época em que as famílias montavam presépios.
Há preferência também
por Santo Antônio, pela tradição de ser o santo casamenteiro, e
por São José de Botas, por ser o padroeiro dos bandeirantes e
desbravadores. Os outros motivos são encomendas de devoção
popular.
Fonte:
Valle, Veiga (1806 -
1874). Enciclopédia Itaú Cultural (11 de novembro de 2006). Página
visitada em 8 de setembro de 2008.
CASA BRASIL. Veiga Valle.
1a ed. Goiânia: Casa Brasil, 2011
ETZEL, Eduardo. O barroco
no Brasil: psicologia, remanescentes em São Paulo, Goiás, Mato
Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 2.ed ed. São
Paulo: Melhoramentos, 1974.
OLIVEIRA, Valteno
(novembro 2001). Valle, Goiás Velho renasce. Problemas brasileiros.
Página visitada em 8 de setembro de 2008.
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